Fogos de artifício iluminam Paris no 14 de julho

O 14 de julho na França, a “fête nationale”, é marcada por desfiles militares, muita festa e bailes nas ruas, culminando com o espetáculo de fogos de artifício, no Champs de Mars ou em Trocadero, perto da Torre Eiffel.

Geralmente associado à tomada da Bastilha, o 14 de julho  é a festa da Federação (14 julho 1790). Ocorre que, na manhã de 14 de julho 1789 a população com medo das tropas de Luis XVI resolveu procurar armas para se defender. Estas armas ficavam guardadas nos “Invalides”. Uma vez de posse das armas faltava a munição que ficava guardada na prisão da “Bastille”, uma fortaleza real. Após uma batalha sangrenta a população tomou a Bastilha e liberou os prisioneiros. O edifício foi demolido e hoje  existe na praça, para perpetuar a memória, a Collone juillet. 

Nos dias atuais a festa começa  no dia 13 à noite. No dia 14, todos os sinos das igrejas francesas tocam. O desfile militar tem início, após as salvas, na famosa avenida dos Champs-Élysées, em Paris, e à tarde, bailes populares e espetáculos animam a capital; à noite acontece um espetáculo de fogos de artifício.
 

Homenagem a Paulo Moura

 

O  falecimento do clarinetista Paulo Moura, na noite de segunda-feira (12) no Rio de Janeiro, provocou comoção no ambiente artístico brasileiro e a tristeza dos seus fãs. O músico nasceu em 1933, em São José do Rio Preto (São Paulo), e começou a estudar música aos nove anos de idade, incentivado pelo pai e irmãos. Aos 11 anos, começou a tocar em bailes populares, no conjunto comandado por seu pai, Pedro Moura. Mudou para o Rio de Janeiro em 1947 e gravou seu primeiro disco em 1956.

Na manhã de sábado, Paulo Moura, que estava hospitalizado pra tratamento de um câncer linfático, recebeu visitas de amigos, entre eles o pianista Wagner Tiso, Marcelo Gonçalves, a saxofonista Daniela Spielmann e o pianista americano Cliff Korman.

Clarinetista e saxofonista, Paulo Moura era considerado um dos grandes nomes da música instrumental no Brasil; ele tocou com artistas como Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Maysa e Elis Regina.

Em 2000 ele ganhou o primeiro Grammy Latino para Música de Raiz, com o trabalho “Pixinguinha: Paulo Moura e os Batutas”,. E foi indicado novamente ao Grammy em 2008, na categoria Melhor CD Instrumental. Seu último trabalho foi o CD AfroBossaNova, lançado em julho de 2009.

Paulo Moura, embora tenha partido, deixou conosco um tesouro inestimável, pois suas interpretações singulares são imortais.

 

Cuidado com os simpáticos e cordiais

 

Entre amigos ou em família, a minha opinião a respeito de fatos e comportamentos políticos é externada de maneira direta e franca. Aqui no blogue, meu instrumento de diversão e prazer, na maioria das vezes prefiro tratar de assuntos mais amenos, de coisas bonitas, úteis e agradáveis; de vez em quando, porém, externo a minha opinião a respeito de fatos que considero graves e de interesse público. A crônica que publico abaixo, da autoria de Nelson Motta, coincide com o que penso sobre canalhices, bajuladores e aproveitadores.

Leiam, vale a pena!

Simpáticos, cordiais e canalhas

Nellson Motta

Cuidado com os simpáticos e cordiais, sempre advirto minhas filhas, e mais ainda com os bajuladores e paparicadores: são condições básicas necessárias para o exercício da canalhice. Claro, se além de canalha o cara é antipático, grosso, mal-educado, fica bem mais difícil encontrar vítimas para suas canalhices. Poderá ser apenas um bandido óbvio. Canalhas não, eles podem ser vistos até como pessoas “respeitáveis”, podem ser muito queridos pela família, pelos amigos e aliados, que se beneficiam das suas canalhices, sem passar vergonha na rua, na escola e no trabalho. É o canalha gente boa.

Nada contra a simpatia ou a cordialidade, pelo contrário, com elas a vida e a convivência se tornam muito mais agradáveis, civilizadas e produtivas, e me esforço diariamente para usá-las como um estilo de vida. Não uma arma.

Assim como o psicanalista Helio Pellegrino dizia que a inteligência voltada para o mal é pior do que a burrice, a simpatia e a cordialidade, quando usadas para o exercício da canalhice, são piores do que a secura e a dureza no trato. É o estilo preferido dos políticos brasileiros, dos grandes ladrões públicos, dos oligarcas que enriquecem com a política, mas não abrem mão de uma aura de respeitabilidade e prestígio – que os permite continuar nas canalhices.

São pessoas aparentemente doces e carinhosas, paizões e vovôzinhos, que defendem o clã em qualquer circunstância. São generosos e tolerantes com familiares, amigos e agregados, mas sempre com o dinheiro público. São contadores de causos pitorescos, gostam de citar provérbios populares de suas regiões, aparentam simplicidade interiorana, mas são raposas urbanas vorazes e vaidosas. Espertos, bem informados e maledicentes, são fontes disputadas por jornalistas, que em troca os poupam de maiores críticas. Católicos fervorosos, mantêm laços estreitos com o candomblé, mas jamais o admitem.

Eles são muitos, estão no Senado, na Câmara, em altos cargos da administração pública, estão todos ricos, poderosos e impunes. Em Brasília, os que os conhecem pessoalmente confirmam que são simpáticos e cordiais. Embora canalhas.

Fonte: Sintonia Fina