O falecimento do clarinetista Paulo Moura, na noite de segunda-feira (12) no Rio de Janeiro, provocou comoção no ambiente artístico brasileiro e a tristeza dos seus fãs. O músico nasceu em 1933, em São José do Rio Preto (São Paulo), e começou a estudar música aos nove anos de idade, incentivado pelo pai e irmãos. Aos 11 anos, começou a tocar em bailes populares, no conjunto comandado por seu pai, Pedro Moura. Mudou para o Rio de Janeiro em 1947 e gravou seu primeiro disco em 1956.
Na manhã de sábado, Paulo Moura, que estava hospitalizado pra tratamento de um câncer linfático, recebeu visitas de amigos, entre eles o pianista Wagner Tiso, Marcelo Gonçalves, a saxofonista Daniela Spielmann e o pianista americano Cliff Korman.
Clarinetista e saxofonista, Paulo Moura era considerado um dos grandes nomes da música instrumental no Brasil; ele tocou com artistas como Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Maysa e Elis Regina.
Em 2000 ele ganhou o primeiro Grammy Latino para Música de Raiz, com o trabalho “Pixinguinha: Paulo Moura e os Batutas”,. E foi indicado novamente ao Grammy em 2008, na categoria Melhor CD Instrumental. Seu último trabalho foi o CD AfroBossaNova, lançado em julho de 2009.
Paulo Moura, embora tenha partido, deixou conosco um tesouro inestimável, pois suas interpretações singulares são imortais.