Delícias juninas – Bolo de aipim

 

 Bolo de aipim

 

6 xícaras de aipim (macaxera) ralado e espremido

2 xícaras de açúcar

½ xícara de manteiga

3 ovos

1 coco ralado

1 colher de chá (rasa) de sal

1 colher de chá de fermento em pó

Modo de preparar:

Ralar o coco ou bater no liquidificador com 1 xícara de água. Extrair o leite do coco e reservar; separar metade do bagaço do coco. Bater a manteiga e o açúcar até ficar como um creme; juntar os ovos inteiros (um a um) e bater bastante. Aos poucos adicionar o aipim ralado, misturando bem..

Misturar a metade do bagaço e 2/3 do leite de coco que ficou reservado e o fermento  à massa. Mexer bem e despejar em assadeira untada com manteiga e enfarinhada. Despejar por cima o restante do leite de coco e levar ao forno pré-aquecido por aproximadamente 45 minutos. O bolo estará assado quando você enfiar um palito e o mesmo sair seco.

Observação: A receita é antiga, ganhei a mesma de uma tia, doceira de mão cheia, e a mesma já foi testada por mim, provada e  aprovada inúmeras vezes por amigos e familiares.

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Viva São João!

 

Téta Barbosa

São João era primo de Jesus, mas poderia muito bem ser meu primo, ou primo da vizinha, tamanha é a intimidade do nordestino com o santo do batismo.

E neste mês de junho, comemoramos, entre bandeirolas e fogueiras, a santa trilogia, que neste caso nada tem a ver com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois se trata de Santo Antônio, São Pedro e São João, o santo que dá o nome à festa, provavelmente um nepotismo celeste, afinal o cara era primo de Jesus.

É verdade que em marketing pessoal, Santo Antônio não fica atrás de João Baptista, porque é o santo casamenteiro e, nos dias de hoje, ele faz mais sucesso do que o filho de Isabel. Já São Pedro, coitado, mesmo tendo a chave do céu, não causa muita comoção quando o assunto é festa junina.

O fato é que, desde a época que o filho de Deus andou pelas bandas da Palestina até os dias de hoje, muito se perdeu do sentimento religioso da festa. Entre o milho assado e a banda do momento que toca no palco principal do evento (sim, agora é um evento e não mais uma festa popular) pouco se sabe ou se fala dos apóstolos e profetas que seguiram Jesus antes de Ele partir desta para melhor.

Pior ainda é que muito se perdeu do espírito popular da comemoração junina. Em Caruaru, por exemplo, o maior São João do Mundo, seguindo a tradição megalomaníaca de Pernambuco, a programação passa por Chiclete com Banana, Calypso e, pasmem, Michel Teló. Posso imaginar Jesus, no reino celeste, dizendo ao primo “ai se eu te pego, São João”.

A decoração já não traz mais tantos balões coloridos porque os espaços foram tomados por banners publicitários. São tantos anunciantes e marcas que é difícil enxergar a luz, ou melhor, a fogueira no fim do túnel.

Para ouvir um autêntico forró pé de serra e sentir o cheirinho da canjica saída do forno, só mesmo fugindo para cidades menores onde o caráter popular ainda resiste ao apelo comercial. Estamos falando de Arcoverde, Serra Talhada,Triunfo, Sairé, Salgueiro, Pesqueira entre outras.

Mas não tem drama, é só sair do circuito main stream para lembrar da voz de Luiz Gonzaga, ver fogueiras nas frentes das casas (tem gente que mora em casas, sabia?), ver as sandálias de couro arrastando seus pés pelos salões, comer pamonha, e acender os fogos.

Porque para celebrar o nascimento de um primo ou de um amigo íntimo da família, não é preciso esperar a programação oficial da cidade, basta acender a vela, cantar o parabéns e gritar: Viva São João!

*Téta Barbosa é jornalista, pernambucana, e escreve para o blog do Noblat.

 

Para esquentar o frio

 

 

Mês de junho  época em que  um friozinho gostoso costuma refrescar as nossas noites, mesmo no nordeste. Então, por que não fazer uma fondue para degustar com a família ou com os amigos? A receita é fácil e rápida. Você só vai precisar de uma panela especial para fondue e dos ingredientes. Veja a receita:

Fondue de Queijo

  (6 a 8 pessoas)

Ingredientes:

 – 1 dente de alho (grande)

– 250 g de queijo gruyère ou emental

– 350 g de queijo mussarela

– 2 copos de vinho branco seco (copo pequeno)

– 1 cálice de conhaque (opcional)

– 1 pitada de noz moscada

– suco de 1 limão

– pimenta-do-reino e sal a gosto

– 2 colheres de chá de maizena

– 1 pão (500g) cortado em cubos (de preferência pão integral)

– Tempo de preparo – 20 minutos

Modo de preparar:

Rale os dois tipos de queijo no ralador grosso, ou corte em pedaços pequenos. Esfregue bem o dente de alho no fundo da panela (depois jogue fora); isso evita que a fondue pegue no fundo e dá um saborzinho especial. Leve a panela ao fogo baixo – no seu fogão – com uma colher de chá de manteiga, até aquecer. Adicione aos poucos a mistura de queijos, à qual você adicionou o suco do limão, mexendo sem parar, em forma de (8) oito, o que evita a formação de fios. Dissolva a Maizena no vinho e acrescente (devagarinho) aos queijos até obter um creme não muito grosso. Retire do fogo, tempere com a pimenta-do-reino, com a noz-moscada e adicione o conhaque; retifique o sal, se for do seu gosto; misture bem e leve à mesa na própria panela. Mantenha o fogareiro aceso para a fondue não endurecer.

Espete os cubos de pão com os garfos especiais e mergulhe na mistura de queijos (não tire a casca do pão, senão os pedaços caem na panela).

Você pode acompanhar com fatias finas de um bom presunto (e outros frios) e como sobremesa pode servir morangos ou tangerinas.

Bon apétit!

Ah, para a festa ser completa sirva vinho branco gelado.

A fondue está no “ponto” quando o creme fica liso, ou seja, quando os queijos derretem completamente e quando a superfície dá a impressão de estar enrugada.

Comentário: A partir da próxima semana publicarei receitas de petiscos juninos.