Capinan volta a Feira para relançamento de 3 trabalhos

 

O Centro Universitário de Cultura e Arte promove no dia 1º de dezembro (quinta-feira) o relançamento dos livros “Balança Mas Hai Kai” e “Bumba meu Boi” e do pôster “Soy Loco Por Ti”, todos trabalhos de José Carlos Capinan que está de volta à Feira de Santana especialmente para este evento que acontece na Galeria de Arte Carlo Barbosa a partir das 19:30h.

 Balança Mas Hai Kai, livro de poesia lançado em 1995, é um trabalho raro pois já se encontra esgotado e é bastante procurado. “Não sei como seria certo grafar […]. Grafei glauberiamente com k. E pus um traço de desunião. Juntei centenas de hai-kais que havia escrito e, depois de uma seleção inicial, reli os hai-kais de Millor (foi dele certamente que incorporei a primeira informação dessa estrutura oriental de compor poemas, creio que na revista “O CRUZEIRO”). Tomei então coragem de publicar os meus. E aqui estão…”, diz Capinan. Já “Bumba meu boi” é uma peça escrita nos anos 60, musicada por Tom Zé e montada pelo Centro Popular de Cultura de Salvador, com ilustrações de Emanuel Araujo e ainda inéditas em livro. O poster caligrama  “Soy Loco Por Ti” é em homenagem às inúmeras parcerias e este três trabalhos tem projeto gráfico de Washington Falcão.

Baiano de Entre Rios, Capinan é pedagogo formado em 1959, tendo, neste mesmo ano, ingressado nas escolas de Direito e Teatro da UFBA, momento em que se engaja no Centro Popular de Cultura de Salvador e escreve a peça musical “Bumba meu Boi” em parceria com Tom Zé. É neste contexto que edita seus primeiros poemas nos suplementos literários locais e participa da antologia “Violão de Rua”, da coleção Cadernos do Povo (Ed. Civilização Brasileira). Em 64, sai da Bahia e participa
intensamente da vida cultural e política do país. Classifica-se em 3° lugar no
festival da MPB de 66, com Paulinho da Viola, vencendo o festival em 67 com
“Ponteio”, composição em parceria com Edu Lobo. É neste mesmo ano que compõe
com Gilberto Gil “Soy Loco Por Ti, América”, uma das precursoras do movimento
tropicalista, do qual participa em 68.

PROJETO SONORA BRASIL SESC – Formação de Ouvintes Musicais


QUARTETO COLONIAL (RJ)

Apresentação

O Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil.

Pela primeira vez, em sua 14ª edição, o projeto apresenta dois temas – Sotaques do Fole e Sagrados Mistérios: vozes do Brasil – que serão desenvolvidos no biênio 2011/2012, com a participação de quatro grupos em cada tema.

Em 2011, o primeiro tema circula pelos estados das regiões Sul e Sudeste, enquanto o segundo segue pelos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2012, na 15ª edição, procede-se a inversão para que os grupos concluam o circuito nacional. Com essa nova metodologia, o projeto passa a ter um planejamento bienal, contando com a participação de oito grupos, em circuitos com duração de aproximadamente 70 dias em cada ano.

Sotaques do Fole apresenta o acordeão em suas variantes regionais ligadas à tradição oral, trazendo a gaita-ponto, com o músico Gilberto Monteiro (RS), a sanfona de oito baixos, com o músico Truvinca (PE), e o acordeão de 120 baixos, com Dino Rocha (MS). Fazendo um contraponto com a tradição oral, o projeto traz o duo de acordeões Ferragutti/Kramer, que apresenta composições modernas e contemporâneas relacionadas à música de concerto e a outras formas ligadas à vertente acadêmica.

Sagrados Mistérios: vozes do Brasil apresenta repertório da música vocal presente nas festividades populares em devoção às entidades religiosas, trazendo os cânticos das Caixeiras do Divino (MA), da Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (PA) e da Banda de Congo Panela de Barro (ES). Representando a música de concerto, o Quarteto Colonial (RJ) apresenta repertório composto pelos mestres de capela para o ofício religioso da igreja católica e a obra de compositores modernos e contemporâneos inspirada nesse universo.

Em cumprimento à sua missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra de fundamentação artística não comercial, o Sonora Brasil consolida-se como o maior projeto de circulação musical do país. Em 2011, são 420 concertos, em 110 cidades, a maioria distante dos grandes centros urbanos. A ação possibilita às populações o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui de forma significativa para o conjunto de ações desenvolvidas pelo SESC visando à formação de plateia. Para os músicos, propicia uma experiência ímpar, colocando-os em condição privilegiada para a difusão de seus trabalhos e, consequentemente, estimulando suas carreiras.

O projeto Sonora Brasil busca despertar no público um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no país, incentivando novas práticas e novos hábitos de apreciação musical, promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

Quarteto Colonial

A expressão “música sacra” designa a música erudita da tradição religiosa judaico-cristã, mas em sentido mais amplo também relaciona a música religiosa presente em cultos de outras religiões. Encontra-se essa denominação desde a Idade Média, quando se buscou definir uma forma distinta para as composições relacionadas às missas e outras práticas religiosas, tendo o canto gregoriano como uma de suas expressões mais antigas e reconhecidas.

Em todos os períodos da história da música ocidental encontramos exemplos de repertório composto para a função religiosa ou para concertos a partir das referências dessa música funcional. Palestrina, Monteverdi, Vivaldi, Bach, Mozart, Gounod, Penderecki e tantos outros podem ser citados como exemplos em âmbito mundial. No Brasil, Lobo de Mesquita, Padre José Maurício Nunes Garcia, Camargo Guarniere, João Guilherme Ripper, Ernani Aguiar e Almeida Prado são destaques.

Os salmos, os motetes, as missas e os réquiens, principais formas representativas da música sacra, tinham na voz um elemento fundamental em sua representação. Coros e solistas interpretavam os textos bíblicos sobre os quais eram compostas as músicas que acompanhavam as partes das missas. Muitas igrejas tinham seus músicos residentes, que compunham novas músicas regularmente, especialmente para os ciclos da Semana Santa, o que fez com que o repertório de músicas sacras alcançasse volume expressivo de obras ao longo da história. O mais ilustre compositor que um dia assumiu essa função foi Johann Sebastian Bach e, no Brasil, o grande destaque foi o Padre José Maurício.

O Quarteto Colonial, formado por Doriana Mendes, Daniela Mesquita, Geilson Santos e Luiz Kleber Queiroz, apresenta no projeto Sonora Brasil a música sacra brasileira de concerto, partindo da obra do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830), que foi mestre de capela da Sé do Rio de Janeiro e, posteriormente, da Capela Real, passando por compositores de vários períodos até chegar nos da atualidade.

Repertório

Divertimentos harmônicos (Luis Álvares Pinto – 1719-1789)

Quae Est Ista

Eficcieris Grávida

Oh! Pulcchra Es, ET Decora

Cum appropinquaret (dominica in palmis) (José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita – 1746-1805)

Obras para a Semana Santa Gradual para Domingo de Ramos (Pe. José Maurício Nunes Garcia – 1767-1830)

Domine Jesu

Domine Tu Mihi Lava Pedes

Improperium Espectavi

O salutaris hostia (Alberto Nepomuceno – 1864-1920)

Ave Maria Nº 17 (Heitor Villa-Lobos – 1887-1959)

Kyrie (da Missa Ferial) – (Osvaldo Lacerda – 1927)

Categiró (Ernst Mahle – 1929 | Texto de Cassiano Ricardo – 1895-1974)

Procissão da chuva (Cacilda Borges Barbosa – 1914-2010 e Wilson Rodrigues)

Pater Noster (Antônio Vaz – 1935-2005)

Kyrie (Caio Sena – 1959)

2ª Ladainha (Antônio Vaz – 1935-2005 e Cassiano Ricardo – 1895-1974)

Sacra Cantilena Alleluia/Oratio/Psalmos Brevis (João Guilherme Ripper – 1959 |

texto de Maria Lucia Vianna em Oratio)

Requiem (Do Tríptico) (Alexandre Schubert – 1970)

SERVIÇO:

Dia: 04 de dezembro

Local: Teatro do CUCA – Centro Universitário de Cultura e Arte

Endereço: Rua Conselheiro Franco, no 66 – Centro

Horário: 19h

Ingressos: R$ 8,00 (Inteira) e R$ 4,00 (Meia)

Telefone: (75) 3622.1077