Breve metafísica

 Iderval Miranda

Já não me bastam as pequenas fantasias,

Os volúveis sonhos, as noites de desespero.

 

Diante de mim,

O deserto da grande espera

E o infindável horizonte do nada.

 

Assim caminharei,

Por sobre pedras e espinhos,

Buscando em carne e espírito

O que foi sem nunca ter sido.

In O Azul e o Nada. Edições Cordel, Feira de Santana, Bahia, 1987, p.23.

Iderval Miranda nasceu em Feira de Santana (BA), em 17 de novembro de 1949. Formado em Letras pela Universidade Estadual de Feira de Santana. É mestre em Linguística pela Universidade de Brasília e professor da UEFS. Participou das publicações das revistas Hera, Serial, Atos, Aldeia, Tapume e O lixo, entre outras. Autor de Taça de tule (1974), Festa e funeral (1982), O azul e o nada (1987), O veneno e sua essência (1991) e Oficina estrela (1985-2008). Integrou a coletânea de poetas baianos Oitenta (1996) e a antologia A poesia baiana no século XX (1999), organizada por Assis Brasil. Citado na Enciclopédia de literatura brasileira (1990), organizada por Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa. Resenhado por Paulo de Tarso Jardim, na Revista de poesia e crítica (1983), e Sérgio Rubens Sossélla, nas revistas O regional (1982) e Panorama (1984).

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Informei aos leitores que o provedor de internet que serve ao nosso condomínio está fora do ar há seis dias; na esperança de manter o blog atualizado comprei um modem 3G que, infelizmente, funciona mal. Hoje, com o notebook nas mãos saí andando pela casa na tentativa de encontrar um lugar onde o sinal aparecesse mais forte. Deu certo. Estou em um cantinho da sala e digitei um poema lindo (que eu gosto muito), do professor Iderval Miranda; parece que vou conseguir postá-lo.

Para quem não conhece o poeta disponibilizo mais dois poemas, aqui  e aqui. Graças a esse cantinho mágico, um post novo.

Boa leitura!