Em agosto de 2003, a UEFS foi instada pelo movimento social negro a debater políticas de ações afirmativas para negras e negros. Após a constatação, por esta instituição, da notória sub-representação de afro-brasileiros estudantes de escola pública entre os cursos, o CONSU (Conselho Superior Universitário) aprovou, em outubro de 2004, a adoção de políticas de ações afirmativas para grupos historicamente excluídos/subalternizados, estabelecendo, a partir do ProSel (Processo Seletivo) 2007.1, cotas de 50% das vagas dos cursos de graduação da UEFS para estudantes de escola pública, sendo 80% dessas para os auto-declarados negros (pretos e pardos) e mais duas vagas, em cada curso de graduação, para indígenas e/ou quilombolas.
Reconhecendo a necessidade de imediata adequação da Universidade às novas exigências, oriundas da medida assumida, o CONSU estabeleceu a necessária implantação de uma política de permanência. Esta política tem sido acompanhada por uma comissão, constituída pelos segmentos representativos dos grupos atendidos pela reserva de vagas, bem como pelas comunidades e instâncias acadêmicas. A referida comissão entende que, para além das discussões e acompanhamento das ações implementadas, faz-se necessário estabelecer uma avaliação, a partir da comunidade universitária, da política de ações afirmativas da UEFS (acesso e permanência). Daí a
justificativa para realização do I Seminário de Avaliação da Política de Ações Afirmativas.
Objetivos
O seminário tem como objetivo promover o debate sobre a Política de Ações Afirmativas da Universidade Estadual de Feira de Santana, visando refletir sobre os impactos gerados e sobre a construção de instrumentos avaliativos para a mesma, com intuito de aperfeiçoá-los.
Observação: O cartaz do evento foi produzido pelo artista visual George Lima, especialmente para a CAA – Comissão de Ações Afirmativas da UEFS. Trata-se de uma pintura sobre tela – técnica mista (argila, coletada no próprio campus da instituição e carvão vegetal).