ENREDO
Inútil é tentar conhecer o homem:
sempre haverá um rosto (oculto)
a decompor o homem em trevas.
Pouco importa o jogo
a fantasia, a valsa:
o homem é o mesmo
e seu corpo dança
entre máscaras.
É inútil tentar conhecer o homem:
haverá sempre um lobo (oculto)
a devorar, do homem, o sopro,
a alma, os dentes.
(Juraci Dórea – Novembro 1999)