Grafiteiro baiano expõe na Suécia

 

O grafiteiro Fábio Rocha, mais conhecido como Limpo, participou da exposição Tankar Pa Drift (Pensamento Distante), em Malmö, na Suécia. Fábio, que desenha desde criança, trabalha com spray há 10 anos, foi convidado para participar do Uppsala Reggae Festival, na Suécia, por um dos organizadores que esteve em Salvador e gostou do seu trabalho. Ele passou três dias pintando durante a festa e seu estilo agradou aos suecos. Segundo Fábio “Na Suécia a graffiti é muita letra, então o meu traço era muito diferente e chamou atenção”.

De Uppsala, ele viajou para Estocolmo, capital do país, convidado para fazer pinturas em locais fechados e participar do Festival Kutunar. Em seguida ele seguiu para Malmö, onde seu trabalho ficou exposto de 18 a 28 de outubro de 2009, na Galleri Panora,

Fábio, que em Salvador se envolve com projetos sociais, deu uma oficina em uma escola para refugiados de guerra e imigrantes, em Malmö, a Nianya Skula. “Para eles era muito diferente, eles não fazem o graffiti com essa linguagem plástica”.

Fábio passou três meses na Suécia. Segundo ele a experiência foi “muito interessante, pois, quando você se afasta, você vê melhor a situação. Salvador tem muita liberdade. Lá, eles reservam um muro para pintar e você não pode ultrapassar isso, fica um policial fotografando e tudo. Assim que cheguei aqui fui pintar”.

 

Ele também expõe em galerias em Salvador e hoje em dia já consegue se sustentar com seu trabalho. Fábio é a favor de levar o graffiti para o espaço sacralizado da arte, o museu. “Para mim, é uma extensão do trabalho de rua. “Se eu entro na galeria, busco levar elementos da rua, para não perder a essência. Sempre levo algo, por exemplo materiais recicláveis. Foi algo inédito lá, mas me deram muita liberdade”.

Apesar de priorizar as ruas, Fábio pretende expandir seu trabalho e produzir  estampas em roupas e sapatos. “O graffiti não está limitado, ele pode ir em vários tipos de suporte, ele é  linguagem”.

Fonte: Correio da Bahia