Rivânia Nascimento | 18/11/2013 – 00:05
A Bienal do Livro da Bahia chegou à sua 10ª edição e transformou Salvador na capital da literatura e educação. Com opções para toda a família, reuniu um público variado. O evento foi realizado no Centro de Convenções e durante dez dias, crianças, adolescentes, adultos e idosos aproveitaram da vasta programação. Com encontros e debates sobre temas atuais, saraus de poesia e cordel, contação de história, oficinas de criação literária, lançamentos, leituras públicas, sessão de autógrafos e livros dos mais diversos gêneros a partir de R$ 3, a Bienal Bahia foi a melhor opção de lazer para grande parte dos soteropolitanos.
A estudante Flávia Andrade, 17 anos, aproveitou o domingo para se divertir de maneira econômica e com muitos ganhos. Ela afirmou ter encontrado os livros que procurava por um preço muito acessível. “Gosto muito de ler e está tudo muito barato. Há pessoas que não têm condições de comprar livros que costumam ser caros e a Bienal dá essa grande oportunidade. Venho todo ano, gosto muito de ler e conhecer pessoas e estou adorando a bienal”, disse Flávia enquanto segurava quatro livros e não parava de procurar por mais.
O evento literário contou com mais de 385 expositores espalhados em 16 mil m² de Feira, que trazem livros para a criançada, para os adolescentes e para o público adulto. Reunindo em um só lugar, as melhores editoras de dentro e de fora do estado, a variedade da Bienal surpreendeu os visitantes. “Fiquei meio indecisa com tantas opções, mas consegui fazer boas compras”, destacou Bianca Carvalho, de 14 anos. Dentre os títulos adquiridos pela jovem, destacam-se as narrativas românticas e voltadas para o público adolescente. “Leitura é como um refúgio. É uma terapia!”, aponta Laiana Santos, fã de romances com uma pitada de aventura.
Segundo informações da gerente geral da Bienal do Livro da Bahia, Paula Jovine, a 11ª edição superou as expectativas e os adolescentes lotaram a Bienal. “Todos os dias o evento começava com fila na porta e até o fechamento havia pessoas circulando pelos stands. A Suzana Vargas conseguiu reunir temas variados atingindo os jovens, que lotaram a edição. É muito importante ver o jovem participando e absorvendo informações de pessoas importantes para eles. Centenas de pessoas quiseram participar do bate-papo com a Thalita Rebouças no Território Jovem, tivemos que transferir a sessão para o auditório que ficou lotado” contou.
Além da variedade de títulos expostos à venda, a Bienal também promoveu encontros entre autores e público, com discussões de tema atuais e de grande relevância para a construção de conhecimento. Foram entre oito e nove sessões diárias de bate papo, no Café Literário, Território Jovem e Praça da Poesia e Cordel, além de recitais e apresentações voltadas para o público infantil no espaço Baú de Histórias.
Uma das principais atrações de ontem, dia de encerramento da Bienal foi o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, autor de livros como Viva o Povo Brasileiro, Sargento Getúlio, O Sorriso do Lagarto e A Casa Dos Budas Ditosos. Foi a primeira vez que o também Acadêmico João Ubaldo e vencedor do Prêmio Camões de 2008 participou do evento.
A grande novidade a 11ª edição foi a Máquina de Ler, uma cabine para leitura do livro Capitães da Areia por múltiplos leitores durante toda a Bienal. “Adorei a máquina, achei muito legal. Tentei me concentrar para não gaguejar. A Bienal do Livro está incrível”, informou a professora Hamina Cerqueira que foi ao evento com seu sobrinho.
Cada trecho que o visitante lia na cabine foi gravado e, ao final do evento, serão juntados e posteriormente os textos serão publicados no site da Bienal e poderão ser conferidos pelos participantes.
Fonte: IG