É hoje!
A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), reinaugura, o Museu Regional de Arte de Feira de Santana (MRA). O coquetel comemorativo, que está marcado para começar às 20 horas, contará com uma vasta programação cultural. Além de um recital de música clássica, a ser executado pelo Grupo de Câmara do Cuca, serão realizadas diversas performances e intervenções artísticas.
Ontem, sexta-feira (8), a diretoria do Cuca convidou a imprensa a conhecer as novas instalações do prédio, que passou por um minucioso processo de restauração, sob a supervisão do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão responsável pela salvaguarda de bens culturais tangíveis e intangíveis e pela política pública estadual voltada ao patrimônio cultural. Na ocasião foi servido um café da manhã.
Primeira instituição museológica do município, o Museu Regional de Arte foi fundado em 26 de março de 1967, pelo embaixador Assis Chateaubriand, magnata das comunicações no Brasil, que idealizou a Campanha Nacional dos Museus Regionais, com o objetivo de dotar as diferentes regiões do Brasil com expressivos acervos de arte. Por iniciativa de Chateaubriand, o Museu Regional de Arte de Feira de Santana tem hoje uma das mais importantes coleções de arte do mundo.
Inicialmente instalado no prédio onde hoje funciona o Museu de Arte Contemporânea (MAC), o Museu Regional de Arte foi incorporado ao Cuca em 1995, passando a funcionar no imponente prédio de estilo eclético que, no passado, abrigou a Escola Normal de Feira de Santana. Localizada na Rua Conselheiro Franco, antiga Rua Direita, a atual sede do Museu Regional permaneceu fechada por dois anos, período em que não apenas a sua estrutura física foi restaurada, mas também o seu imponente acervo, que passou por um meticuloso processo de limpeza e conservação, realizado pelo Studio Argolo Antiguidades e Restaurações, de Salvador, sob o comando do renomado restaurador José Dirson Argolo.
Acervo histórico
Com a reabertura do Museu Regional, o público terá a oportunidade de voltar a contemplar o valioso conjunto de obras assinadas por Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro, precursores do Movimento Modernista Brasileiro. A Coleção Inglesa, composta por 30 telas confeccionadas a óleo nas décadas de 50 e 60, pertencentes a consagrados artistas modernos ingleses, como Antony Donaldson, Alan Davie, Bary Burman, Bryan Organ, David Leverret, Derek Hirst, Derek Snow, Joe Tilson, John Kiki e John Piper, será um dos destaques da exposição de reinauguração, assim como a Coleção de Arte Naïf e a Coleção Nipo-Brasileira, que têm grande importância no cenário das artes plásticas mundial.
De acordo com Selma Oliveira, diretora do Cuca, também comporão a mostra obras pertencentes a importantes artistas estrangeiros naturalizados brasileiros, como Manabu Mabe, Carybé, Hansen Bahia e Reinaldo Eckenberger, e telas de artistas feirenses e outros artistas baianos que alcançaram projeção internacional, a exemplo de Raimundo de Oliveira, Carlo Barbosa, Juraci Dórea, César Romero, Gil Mário, Mario Cravo, Calasans Neto, Carlos Bastos, Jenner Augusto, Juarez Paraíso e Sante Scaldaferri. “A ideia é montar a exposição através de um recorte do acervo histórico. Vamos comemorar 48 anos de atuação institucional e contribuição para o imaginário cultural feirense”, salientou.
Com informações de Ísis Moraes – Ascom/Uefs