“Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.”
Simone de Beauvoir
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Eminência parda
Você sabe o que significa a expressão “eminência parda”?
Vem da França a explicação e conta-se que durante o reinado de Luis XIII (1610-1643), o Cardeal Richelieu fazia e desfazia em Paris. Vestido com o tradicional hábito púrpura, era conhecido como Eminence Rouge — “eminência” por causa do tratamento dispensado aos cardeais e “rouge” que quer dizer vermelho.
François Leclerc, ex-marquês de Tremblay, que se retirou da vida mundana e ingressou na Ordem dos Capuchinhos com o nome de Frei José, tornou-se o secretário, conselheiro e confidente do Cardeal Richelieu.
O Cardeal Richelieu exercia influência direta sobre o rei, mas ele próprio era influenciado pelo Frei José e a “autoridade” que este exercia sobre Richelieu fez dele uma das pessoas mais poderosas da França, apesar de não possuir cargo oficial. Pela importância que tinha e pelo hábito cinzento que vestia, passou a ser conhecido como Eminence Grise (eminência cinzenta, daí eminência parda).
Na política, a expressão “Eminência Parda” significa a pessoa que, atuando nos bastidores, exerce secretamente o poder. Tem a finalidade de designar aquele que permanece na sombra, sem aparecer em demasia, mas que através de maquinações e conchavos consegue força suficiente para influenciar de forma direta as decisões dos que estão legitimados no poder.
Agora perguntamos, e a triste figura o “pau mandando?”
Como pode alguém se prestar a ser o serviçal da “Eminência Parda?”
Dizem ainda, nossas pesquisas, que são pessoas sem expressões próprias, incapazes e arrogantes, que se deixam influenciar pela Eminência Parda porque só assim podem estar à frente do poder.
A política é pródiga de exemplos. Que coisa feia!
Não sabemos qual dos dois é mais infeliz, se o que manda e não aparece ou o que aparece, mas não manda!”
Andorinha
Andorinha lá fora está dizendo:
— “Passei o dia à toa, à toa!”
Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa…
Poema extraído do livro “Melhores Poemas de Manuel Bandeira”. (Organização de Francisco Assis Barbosa) Ed. Global.