Google homenageia o Rei do Baião
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Passeando em Sampa com Mário de Andrade
Um olhar apaixonado sobre uma obra apaixonada. O resultado são estas milhares de linhas/trilhos que conduzem o leitor aos bondes da São Paulo da garoa, aos lampiões a gás, levando-o a acompanhar sensorialmente a construção do Teatro Municipal, da Catedral da Sé, do Edifício Martinelli, ao lado de transeuntes de terno, gravata e chapéu no centro velho da cidade; mulheres à la française, à sombra dos primeiros arranha-céus, ouvindo os ruídos dos primeiros automóveis importados e o gemido cada vez mais rumoroso de uma Pauliceia que engatava marchas em direção a uma loucura que se desenhava e se redesenha até hoje. O que diria Mario de Andrade se visse a São Paulo atual do alto do Pico do Jaraguá, onde pedira, em testamento poético, que os seus olhos fossem sepultados?
Aleilton Fonseca disseca a obra e a alma do famoso escritor, acrescentando pontos de vistas surpreendentes. Se você nunca leu Mário de Andrade ficará com vontade de ler. E se já leu fará uma nova leitura, uma redescoberta. De maneira elegante, Aleilton se coloca em segundo plano para elevar Mário de Andrade à altura que ele merece. Os dois se merecem e se incorporam na busca de compartilhar o sentimento e a poesia com seus semelhantes. Mário, frisa o autor, “procurava incorporar-se ao coletivo, como forma de destruir em si o egoísmo das distinções particulares, despojando-se dos valores que o tornam um indivíduo só e solitário”.
Aleilton nos oferece uma prosa poética, juntando fotos antigas da cidade a excertos da obra do modernista. Uma das fotografias mostra passageiros sentados de costas num bonde, talvez o mesmo em que Mário um dia se sentira sozinho ao escrever: “O bonde está cheio/De novo porém/Não sou mais ninguém”. Ao exprimir a cidade em versos, o poeta modernista procurou “domá-la, pô-la nas rédeas da linguagem, de novo humanizá-la, tornando-a inteligível, transparente ao sentimento humano”, acentua o autor, acrescentando que as críticas e os elogios do poeta a São Paulo são puros atos de amor.
Pegue o bonde, então, caro leitor, e vai conversando com Aleilton Fonseca e Mário de Andrade. Não se assuste se você vir passar um veloz Metrô ao largo. Compare as duas metrópoles, mas volte para o presente. Pode doer. Volte devagarinho.
Jaime Pereira da Silva (Jornalista)
Entrei em casa e a sala estava na penumbra. Num canto, um filete de luz entrava pela janela e iluminava um pote de flores; era um raio do sol poente.
O calendário das festas populares da Bahia teve início no dia 25 de novembro, com o Dia da Baiana. No dia 2 de dezembro foi comemorado o Dia do Samba. Hoje, dia 4, a festa é de Iansã, ou Santa Bárbara; na Bahia tanto faz… Santa Bárbara, a padroeira do Corpo de Bombeiros e dos mercados, e a Iansã, a orixá dos raios e trovões.
A Festa de Santa Bárbara, uma tradição de mais de 300 anos, é também patrimônio imaterial desde 2008. Durante os festejos, católicos e seguidores do candomblé, ou o povo de santo, vestem vermelho e se deslocam para as ruas do Pelourinho no centro histórico de Salvador, onde há missa campal, procissão e festa, com muito caruru servido pelos comerciantes dos mercados de São Miguel e de Santa Bárbara.
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Palestra e espetáculos festejam os 50 anos do Seminário de Música
O Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), órgão vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), realiza, nesta quarta-feira (5), às 19h, no Teatro do Cuca, evento em comemoração aos 50 anos do Seminário de Música. O professor Wellington Gomes, da Ufba, profere a palestra “Santo de casa faz milagre, sim! O Seminário de Música de Feira de Santana”.
Em seguida, haverá apresentações musicais com a participação de professores e alunos do Seminário de Música. Hamilton Gonçalves (violão) e Gledisney Marques (flauta) apresentam Distribuição de Flores e Bachianas Brasileiras nº5 – Cantilena, de Heitor Villa-Lobos; Simone Gonçalves (piano) apresenta Valsa Opus 64, nº 02, de Frederic Chopin; Simone volta ao palco com Leones Nascimento (percussão), apresentando Escovado, de Ernesto Nazareth.
A programação prevê, ainda, apresentações de Goreti Figueiredo (violão), Daniel Costa (Flauta) e Leones Nascimento (percussão), além da participação especial dos artistas feirenses Carlos Pitta e Dionorina.
Referência
O Seminário de Música de Feira de Santana foi criado em 1962 com a implantação dos Seminários de Música da Ufba. O município integrou o processo de interiorização do ensino superior dessa Universidade, fruto dos anseios e solicitações da comunidade local, conforme revela a diretora do Cuca, Celismara Gomes.
Em 1965, o Seminário de Música encerrou o vínculo com a Ufba, “tornando-se independente, porém funcionando com dificuldade”. Em 1985, o Seminário foi incorporado ao Departamento de Letras e Artes da Uefs e, em 1995, ao Cuca. “Ao longo desses 50 anos, o Seminário é referência na história e na formação musical da comunidade feirense”, ressaltou Celismara Gomes.
Ascom/Uefs