Um poema (atualíssimo) de Gregório de Matos

 

 

  Soneto

Gregório de Matos (Salvador 1636 – Recife, 26 de novembro de 1695)

 

A cada canto um grande conselheiro,

Que nos quer governar cabana e vinha;

Não sabem governar sua cozinha,

E podem governar o mundo inteiro.

.

Em cada porta um bem frequente olheiro,

Que a vida do vizinho e da vizinha

Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,

Para o levar à praça e ao terreiro.

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Muitos mulatos desavergonhados,

Trazidos sob os pés os homens nobres,

Posta nas palmas toda a picardia,

 

Estupendas usuras nos mercados,

Todos os que não furtam muito pobres:

E eis aqui a cidade da Bahia.

O Boca do Inferno, como ficou conhecido Gregório de Matos, descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia; mas o poema é atualíssimo!

“Ah, eu não sabia, que a ditadura voltaria pra Bahia!”

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PDT), revelou, em entrevista coletiva realizada em seu gabinete, na tarde desta segunda-feira (16), que pedirá a reintegração de posse da Casa no Tribunal de Justiça (TJ-BA), caso os professores grevistas não desocupem o saguão Deputado Nestor Duarte, até às 17h05. Ele informou que tentou contato com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), mas não obteve êxito. “A Casa precisa voltar à normalidade. Eu tentei conversar com o sindicato, mas eles não me receberam por telefone”, argumentou o deputado, que já solicitou à Casa Militar da AL-BA que comunicasse a determinação ao movimento.

Segundo Nilo, se for confirmada a resistência prometida pela APLB, será solicitado o corte de água, luz e telefone do espaço. Indagado se há a intenção de pedir reforço policial para que os docentes saiam do espaço, o parlamentar disse que a decisão será do TJ. “Isso não é comigo”, pontuou. A categoria está na AL-BA desde o último dia 18 de abril, sete dias após o movimento, que já dura 97 dias, ser iniciado.

Fonte: Bahia Notícias

 

Vejam o vídeo com a reação dos professores:

Les enfants du Pays – « Douce France »

 

« Douce France » Les enfants du Pays – Paroles et Musique: Charles Trenet 1943

Il revient à ma mémoire

Des souvenirs familiers

Je revois ma blouse noire

Lorsque j’étais écolier

Sur le chemin de l’école

Je chantais à pleine voix

Des romances sans paroles

Vieilles chansons d’autrefois
Douce France

Cher pays de mon enfance

Bercée de tendre insouciance

Je t’ai gardée dans mon cœur!

 

Mon village au clocher aux maisons sages

Où les enfants de mon âge

Ont partagé mon bonheur

Oui je t’aime

Et je te donne ce poème

Oui je t’aime Dans la joie ou la douleur

Douce France

Cher pays de mon enfance

Bercée de tendre insouciance

Je t’ai gardée dans mon cœur
J’ai connu des paysages

Et des soleils merveilleux

Au cours de lointains voyages

Tout là-bas sous d’autres cieux

Mais combien je leur préfère

Mon ciel bleu mon horizon

Ma grande route et ma rivière

Ma prairie et ma maison.

 

Festa nacional francesa – 14 de julho

 

 

Essa data é histórica não só para a França. Ela é conhecida em todo o mundo e frequentemente representa uma virada da história, a da passagem da monarquia absoluta para regimes republicanos.

A Bastilha, ao ser tomada, faz caírem com ela as monarquias absolutas, além de marcar de maneira simbólica o início de novas aspirações das quais a “declaração dos direitos do homem”, de agosto de 1789, definirá os principais valores que ainda hoje são referência e inspiraram largamente a “Declaração Universal do Direitos do Homem” adotada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Data revolucionária francesa que se tornou festa nacional, hoje o 14 de julho associa desfiles militares e festejos com bailes e fogos de artifício. A tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, é comemorada na França há mais de um século.

A tomada da Bastilha

Nos primeiros meses da Revolução Francesa, reinava uma grande agitação em Paris. Na primavera de 1789, os Estados Gerais recusaram-se a se dissolver e transformaram-se em Assembleia Nacional Constituinte. Em julho, o rei Luís XVI manda vir novas tropas e demite Necker, ministro popular. Na manhã de 14 de julho, o povo de Paris saqueia o Hôtel des Invalides (dependências militares destinadas a abrigar soldados feridos em combate) apreendendo armas e dirigindo-se em seguida a uma velha fortaleza real, a Bastilha. Depois de um sangrento tiroteio, ele ocupa a fortaleza e liberta alguns prisioneiros que ali se encontravam.

A tomada da Bastilha é uma primeira vitória do povo de Paris contra um símbolo do Antigo Regime. O edifício, aliás, foi totalmente demolido nos meses seguintes.

A “festa da Federação”, em 14 de julho de 1790, celebra com grande pompa o primeiro aniversário da insurreição. Em Paris, no Campo de Marte, uma missa é celebrada por Talleyrand, no altar da pátria.

 

A festa nacional

Nos anos seguintes, a comemoração do 14 de julho de 1789 é abandonada, até que a IIIª República, em particular Gambetta, então presidente da Câmara, procura celebrar os fundamentos do regime. Sob proposta do deputado Benjamin Raspail, a lei de 6 de julho de 1880 transforma o 14 de julho em festa nacional da República.

Desde o início, destaca-se o caráter patriótico e militar da manifestação, como um testemunho do reerguimento da França após a derrota de 1870. Todas as comunas participam. A festa tem início com um desfile solene com tochas e fanfarra da praça das armas à caserna, na noite do dia 13. No dia seguinte, os sinos das igrejas e as salvas de tiros anunciam o grande desfile, seguido de um almoço e de espetáculos de jogos. Os bailes e fogos de artifício encerram o dia.

Depois da austeridade da guerra de 1914-1918, o 14 de julho de 1919 é uma grande celebração da vitória. Dentro do mesmo espírito, o 14 de julho de 1945 é precedido de três dias de comemorações cívicas.

 

O 14 de julho hoje

A festa do 14 de julho sempre foi um grande sucesso. Em Paris, o tradicional desfile militar nos Champs-Elysées é precedido de uma minuciosa preparação. Por toda parte ocorrem bailes, iluminações especiais e exibição de fogos de artifício.

Os presidentes da Vª República acrescentaram algumas modificações às comemorações da data. Recuperando a tradição da Paris revolucionária, o Presidente Giscard d’Estaing criou o desfile das tropas entre a praça da Bastilha e a praça da República.

Durante a presidência de François Mitterrand, o 14 de julho de 1989 foi o momento alto da celebração do bicentenário da Revolução Francesa. Inúmeros chefes de Estado estrangeiros foram convidados a assistir, em particular, o espetáculo de Jean-Pau Goude intitulado “A Marselhesa”.

Em 1994, soldados alemães do Eurocorps participaram do desfile nos Champs-Elysées, como um sinal de reconciliação.

Desde a eleição do Presidente Jacques Chirac, inúmeros jovens vindos de toda a França e militares são convidados para a recepção realizada no pátio do Palácio do Elysée após o desfile.

Fonte: www.elysee.fr