Greve dos professores na Bahia

  

 Greve dos professores estaduais é mantida por unanimidade

Patrícia Conceição / Evilásio Júnior

 Como antecipou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, ao Bahia Notícias, a greve dos professores da rede estadual de ensino foi mantida por unanimidade. A votação foi realizada no estacionamento da Assembleia Legislativa (AL-BA) por centenas de servidores, que ocupam a Casa há 49 dias, inclusive trabalhadores de outras categorias que declararam apoio à paralisação. Durante a convocação do pleito, Oliveira chegou a perguntar se alguém “era maluco” de solicitar o fim do movimento, mas as manifestações só aconteceram em tom de brincadeira.

A diretora da APLB, Elza Melo, organizou a estratégia de ocupação da AL-BA para os próximos dias, em que haverá rodízio dos profissionais que dormirão no local, bem como divulgou o cronograma de atividades. “É greve, mas a gente não pode parar. Temos que continuar nos mobilizando”, clamou. Entre os passos seguintes, a classe pretende “enquadrar” o governador Jaques Wagner no Aeroporto Internacional de Salvador neste sábado (2). Como não sabe o horário em que o petista chegará no terminal, o grupo promete chegar cedo e só sair de lá após conversar com o mandatário baiano.

Estudantes fazem manifestação de apoio aos professores na Rótula do Abacaxi

Patrícia Conceição

Alunos da rede estadual de ensino, sem aulas há 49 dias por conta da greve dos professores, promoverão um ato de apoio ao movimento docente nesta quarta-feira (30), a partir das 9h, na Rótula do Abacaxi, em Salvador. Devem participar da mobilização alunos de colégios localizados nos bairros da Liberdade, Pero Vaz, IAPI, Cabula, Pernambués, Caixa D’Água, Tancredo Neves e Arenoso. Pais, alunos e docentes se reuniram nesta segunda (28), no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe 2, no Pero Vaz, para discutir o apoio ao movimento. “A comunidade se reuniu com a preocupação de que o ano letivo seja invalidado. Os alunos querem uma postura diferente por parte do governo do Estado”, conta a professora Débora Medina, que atua em uma escola no IAPI, em entrevista ao Bahia Notícias. Se a manifestação ganhar mesmo a adesão dos estudantes, a promessa é de trânsito congestionado na região da Rótula na manhã desta quarta.

Fonte: Bahia notícias

Seca na Bahia

 

O Nordeste é estigmatizado pela seca, pela pobreza e pela imigração. O verão foi quente e seco e as trovoadas, tão esperadas nessa época, não aconteceram. Em consequência, os  leitos dos rios e riachos estão secos e mesmo quando ainda resta um pouco d’água deixam aparecer a terra esturricada e rachada.

Os animais com sede e fome definham até morrer; os homens, entre desolados e tristes esperam resignados pela ajuda divina, pois os milhões prometidos pelos governantes não chegam até eles devido à burocracia e ao descaso. A falta de chuva e as lavouras perdidas os impedem até de comer, pois as árvores frutíferas não produzem e o feijão que mata a fome não vingou e está custando caro nos supermercados.

Há cerca de quatro meses eram cerca de 150 municípios baianos vítimas da estiagem; hoje são mais de 200 em estado de emergência. No entanto, nas propagandas oficiais a “água para todos” jorra nas profundezas do sertão. Não é o que mostra a realidade.

Hoje encontrei uma cópia de um poema, quase desconhecido, que transcrevo abaixo, escrito pela poeta feirense Georgina Erismann, na primeira metade do século XX. Ele continua atual:

Inclemência

Georgina Erismann

O coração da terra anda chorando

Com saudades da chuva…

Por mais que o céu prometa

dos olhos das estrelas

as lágrimas não caem…

O sol devora tudo.

Tornou-se cor de bronze,

a mata, que era verde.

Calaram-se todas as fontes…

Morreram os passarinhos…

Há fome pelas estradas.

Há sede pelos caminhos.

Matéria sobre a seca (02/04/2012) no Jornal Nacional.

 

Audioteca Sal & Luz

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).São livros destinados a cegos e deficientes visuais (inclusive aqueles com dificuldade de visão devido à idade avançada), e  de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral.

São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!! Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 – Centro. RJ.

Não é preciso ser morador do Rio de Janeiro para ter acesso ao serviço. Face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade, eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e o mesmo será enviado gratuitamente pelos Correios.

A maior preocupação da Audioteca reside no fato de, apesar de contar com ajuda financeira de organismos públicos, é preciso apresentar resultados e atingir um número significativo de associados, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer da leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros. Audioteca Sal e Luz – Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro – RJ. CEP 20010-000

Fone: (21) 2233-8007 – begin_of_the_skype_highlighting: (21) 2233-8007-end_of_the_skype_highlighting

Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas – http://audioteca.org.br/noticias.htm

Saturação!

Unimultiplicidade

                        Ana Carolina / Tom Zé

Neste Brasil corrupção
pontapé bundão puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro

Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém

Pego meu violão de guerra
pra responder essa sujeira
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade

Não tenho nada na cabeça
a não ser o céu
não tenho nada por sapato
a não ser o passo

Neste país de pouca renda
senhoras costurando
pela injustiça vão rezando
da Bahia ao Espírito Santo

Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade