Fernando Augusto e a Exposição ‘Habitar’ no CUCA

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) lança nesta quinta-feira (13) a partir das 20 horas a exposição de pintura e fotografia intitulada ‘Habitar’ do artista plástico Fernando Augusto. Com o objetivo de pensar o universal a partir de lugares comuns das experiências e afetos, dos espaços em que vivemos, trabalhamos e estabelecemos relações, a exposição foi sucesso de público em Recife (PE), na Galeria Amparo 60.

Por conta desse sucesso, Fernando Augusto promoverá um bate-papo durante o coquetel de abertura da exposição para apresentar o processo de criação dos objetos expostos. A mostra ficará aberta para visitação na Galeria de Arte Carlo Barbosa até 11 de outubro.

Segundo o artista, busca-se enfatizar a visualização de lugares comuns como janelas, cantos de paredes ou o ônibus a partir de uma relação criativa e estética, uma vez que a autonomia da pintura, a partir do abstracionismo informal e geométrico, nos leva a pensar que o seu questionamento, hoje, não recai somente no como pintar, mas também no que pintar.

Fernando Augusto, baiano natural de Itanhém, é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e pela Lúniversité Paris I – Sorbonne França, e é professor do Centro de Arte da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Ascom/Uefs

 

Se não fosse trágico, seria cômico!

Motorista de caminhão fantasiado de capeta provoca pânico na BR 324

O motorista de um caminhão-cegonha foi preso em flagrante na última sexta-feira (7) por direção perigosa na BR-324, no município de Amélia Rodrigues, após denúncias de testemunhas.

Para atingir o assumido objetivo de assustar os condutores, além das manobras que forçavam os outros veículos para fora da rodovia, o homem tinha um elemento extra: uma máscara do diabo. O caminhoneiro, cuja verdadeira identidade não foi divulgada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), afirmou que estava a caminho de São Paulo, após deixar uma fábrica de veículos em Camaçari. Ele foi encaminhado à Polícia Judiciária da região.

                

Atualização: (11/09/2012) O caminhoneiro Sérgio Aparecido Rodrigues explicou na delegacia a utilização da máscara de diabo. Ele contou que usou o adereço para se esconder da mulher, pois a máscara o ajudava a trafegar ao lado de sua amante sem ser reconhecido por amigos e parentes de sua esposa. No entanto, o camioneiro estava sozinho quando foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal. Ele foi liberado após prestar depoimento e voltou para São Paulo, estado onde mora. De acordo com a Polícia Civil, não havia justificativa para mantê-lo detido. “Ele não estava armado, não tinha drogas e não estava embriagado”, disse o agente Sandoval Santos, da Delegacia Territorial de Amélia Rodrigues. Rodrigues deve responder por direção perigosa. Caso seja condenado, pode cumprir pena de até um ano de prisão. Informações do UOL.

A implosão da mentira

 

Affonso Romano de Sant’Anna

Fragmento 1

                Mentiram-me. Mentiram-me ontem

e hoje mentem novamente. Mentem

de corpo e alma, completamente.

E mentem de maneira tão pungente

que acho que mentem sinceramente.

Mentem, sobretudo, impune/mente.

Não mentem tristes. Alegremente

mentem. Mentem tão nacional/mente

que acham que mentindo história afora

vão enganar a morte eterna/mente.

 

Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases

falam. E desfilam de tal modo nuas

que mesmo um cego pode ver

a verdade em trapos pelas ruas.

 

Sei que a verdade é difícil

e para alguns é cara e escura.

Mas não se chega à verdade

pela mentira, nem à democracia

pela ditadura.

 

Fragmento 2

               Evidente/mente a crer

nos que me mentem

uma flor nasceu em Hiroshima

e em Auschwitz havia um circo

permanente.

 

Mentem. Mentem caricatural-

mente.

Mentem como a careca

mente ao pente,

mentem como a dentadura

mente ao dente,

mentem como a carroça

à besta em frente,

mentem como a doença

ao doente,

mentem clara/mente

como o espelho transparente.

 

Mentem deslavadamente,

como nenhuma lavadeira mente

ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem

com a cara limpa e nas mãos

o sangue quente. Mentem

ardente/mente como um doente

em seus instantes de febre. Mentem

fabulosa/mente como o caçador que quer passar

gato por lebre. E nessa trilha de mentiras

a caça é que caça o caçador

com a armadilha.

 

E assim cada qual

mente industrial?mente,

mente partidária?mente,

mente incivil?mente,

mente tropical?mente,

mente incontinente?mente,

mente hereditária?mente,

mente, mente, mente.

E de tanto mentir tão brava/mente

constroem um país

de mentira

diária/mente.

 

Fragmento 3

               Mentem no passado. E no presente

passam a mentira a limpo. E no futuro

mentem novamente.

Mentem fazendo o sol girar

em torno à terra medieval/mente.

Por isto, desta vez, não é Galileu

quem mente.

mas o tribunal que o julga

herege/mente.

Mentem como se Colombo partindo

do Ocidente para o Oriente

pudesse descobrir de mentira

um continente.

 

Mentem desde Cabral, em calmaria,

viajando pelo avesso, iludindo a corrente

em curso, transformando a história do país

num acidente de percurso.

 

Fragmento 4

                Tanta mentira assim industriada

me faz partir para o deserto

penitente/mente, ou me exilar

com Mozart musical/mente em harpas

e oboés, como um solista vegetal

que absorve a vida indiferente.

 

Penso nos animais que nunca mentem.

mesmo se têm um caçador à sua frente.

Penso nos pássaros

cuja verdade do canto nos toca

matinalmente.

Penso nas flores

cuja verdade das cores escorre no mel

silvestremente.

 

Penso no sol que morre diariamente

jorrando luz, embora

tenha a noite pela frente.

 

Fragmento 5

                Página branca onde escrevo. Único espaço

de verdade que me resta. Onde transcrevo

o arroubo, a esperança, e onde tarde

ou cedo deposito meu espanto e medo.

Para tanta mentira só mesmo um poema

explosivo-conotativo

onde o advérbio e o adjetivo não mentem

ao substantivo

e a rima rebenta a frase

numa explosão da verdade.

 

E a mentira repulsiva

se não explode pra fora

pra dentro explode

implosiva.

Este poema, que foi enviado ao Releituras pelo autor, foi publicado em diversos jornais em 1980. Apesar do tempo decorrido, face aos acontecimentos políticos que vimos assistindo nesses últimos tempos, ele permanece atualíssimo.

Segundo Affonso Romano de Sant’Anna, foi publicado também em várias antologias, como “A Poesia Possível”, Editora Rocco – Rio de Janeiro, 1987, “mas os leitores a toda hora pendem cópias”, afirma o poeta.

Fonte: Releituras

 

O SESC comemora 66 anos

 

Comemorando mais um ano de relevantes serviços prestados ao país e com o intuito de propiciar uma grande variedade de ações de cidadania, educação, saúde, lazer e cultura, o SESC Feira de Santana, juntamente com diversas entidades parceiras, elaborou para o dia 13 de setembro de 2012, das 09:00 às 17:00h, em sua Unidade, localizada na rua Guaratatuba, 345 – Tomba, o 66 anos SESC no Brasil, evento este que vem através de ações e serviços gratuitos oferecidos pelo SESC e pelas entidades parceiras, atender a um grande número de pessoas da comunidade em geral, buscando melhorar a qualidade de vida, contribuindo assim para o pleno exercício da cidadania, além de preparar a Unidade para o lançamento nacional da sua nova logomarca que será realizado neste dia.

E dentre as ações confirmadas destacamos:

–          Aferição de Pressão Arterial;

–          Corte de Cabelo;

–          Vacinação (não esquecer o cartão de vacinação);

–          Teste de glicemia capilar;

–          Acumputura e Massagem;

–          Mostra Sinal Verde para a Vida;

–          Atividades recreativas e esportivas;

–          Oficina de Artesanato e ambiental;

–          Exposições Monitoradas;

–          Palestras diversas sobre Higiene Bucal, Planejamento Familiar, etc.

Apoio: SENAC, Sec. Mun. de Saúde, EAEFS, ECAFS, Prime Treinamentos de Excelência, Instituto de Acupuntura Yin Yang, Sec. Mun. do Meio Ambiente e Recursos Naturais / DEPEA e Centro Médico dos Remédios.