Cine SESC – Março 2012

 

 

O mês de março é especial, pois nele se comemora o Dia Internacional da Mulher. O CINESESC deste mês traz uma programação especial, voltada para a mulher brasileira, com algumas histórias que deixaram lições a serem seguidas. Trabalhar fora, cuidar da casa, educar filhos, suportar as adversidades sociais. Estes são os desafios da mulher moderna.

Exibição de filmes

01/03/2012 (quinta-feira) – 19h: Brasileiras  – Clas 14 anos

03/03/2012 (sábado) – 14h: Curta Criança 3 – Clas Livre

04/03/2012 (domingo) – 14h: Animações Infantis  – Clas Livre

11/03/2012 (domingo) – 14h: Curtas Infantis 3 – Clas Livre

17/03/2012 (sábado) – 14h: Animações Para Primeira Infância 2  – Clas Livre

18/03/2012 (domingo) – 14h: O Planeta de Pipsqueak – Clas Livre

20/03/2012 (terça) – 19h: Carmen Miranda – Clas Livre

22/03/2012 (quinta-feira) – Ventres Livres – Clas 14 anos

25/03/2012 (domingo) – 14h: Curta Criança 2 – Clas Livre

 

Pré-lançamento: Jardim das Folhas Sagradas

 

Feira de Santana assistiu, nesta sexta-feira (21), ao pré-lançamento do longa-metragem Jardim das Folhas Sagradas, do diretor baiano Pola Ribeiro, que esteve presente na exibição. A ficção expõe a realidade de comunidades afrodescendentes adeptas à religiosidade africana e tem como protagonista o ator e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Antônio Godi.

O pré-lançamento, realizado no Orient Cineplace – Multiplex, contou com a presença de artistas, jornalistas e representantes da Uefs e do movimento negro de Feira de Santana. A professora doutora da Uefs e da Ufba, Elizete Silva, de História das Religiões, elogiou as temáticas apresentadas no roteiro, chamando a atenção para o preconceito demonstrado por segmentos religiosos neo-pentecostais em relação à religiosidade afro.

Para a representante do Movimento Negro de Feira de Santana, Lourdes Santana, Jardim das Folhas Sagradas mostra o preconceito racial ainda presente na sociedade. Sobre a questão religiosa, ela acredita que o filme expõe e desmistifica estereótipos relativos a comunidades afro-descendentes, o que classifica como ainda uma herança do colonialismo.

Também prestigiou o pré-lançamento o reitor da Uefs, José Carlos Barrreto. Ele afirmou que o filme é um marco porque, além de produzido, é dirigido e interpretada por atores baianos.

Jardim das Folhas Sagradas já foi lançado na França e estreia nos cinemas brasileiros em 4 de novembro. É um longa de ficção construído a partir de Bonfim, um bancário bem sucedido, negro e bissexual, casado com uma mulher branca e de crença evangélica. Ele vive na Salvador contemporânea e recebe a incumbência de montar um terreiro de candomblé no espaço urbano. Para isto, enfrentará a especulação imobiliária numa cidade de crescimento vertiginoso, o preconceito racial e a intolerância religiosa. Confira mais sobre o longa em:  www.jardimdasfolhassagradas.com.br.

O diretor Pola Ribeiro é formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Ufba. Ele já produzia filmes em “super-8” antes de entrar no ensino superior. Acumula no currículo cerca de 40 filmes exibidos em festivais, mostras e cineclubes. Alguns deles, a exemplo de A Lenda do Pai Inácio – que levou oito prêmios nacionais e latino-americanos, e foi considerado o melhor filme brasileiro do ano de 1987, ganharam prêmios por todo o Brasil.

Ascom/Uefs – 21/10/11

Seleção pública de vídeos para o XIV Festival Nacional 5 Minutos

 

A Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), através da sua Diretoria de Audiovisual (DIMAS), mantém abertas até 12 de agosto as inscrições para a 14ª edição do Festival Nacional 5 Minutos, um dos mais importantes eventos de audiovisual do país. O concurso visa à seleção e premiação de vídeos com duração de até cinco minutos, de temática e estética livres, com o objetivo de incentivar a experimentação, a produção e a difusão desta linguagem no Brasil. O texto do edital, bem como seus anexos, pode ser consultado nos sites da DIMAS, da FUNCEB  ou da SecultBA .

O XIV Festival Nacional 5 Minutos será realizado entre 1º e 5 de novembro deste ano, com uma programação que inclui mostras de vídeos, seminários, palestras, exposições e oficinas, com acesso gratuito, em diversos espaços de Salvador e interior do estado, tendo como sede as salas Walter da Silveira e Alexandre Robatto, na capital baiana. O evento atrai realizadores de todo o Brasil e tem, historicamente, contribuído para a formação de diversas gerações de cineastas e videomakers, bem como para a consolidação de novos circuitos de exibição na Bahia.

Através do edital agora aberto, serão selecionados 50 vídeos para compor a Mostra Competitiva, de onde sairão cinco premiados: “1º lugar – Prêmio Walter da Silveira”, no valor de R$ 10 mil; “2º lugar – Prêmio Alexandre Robatto”, no valor de R$ 8 mil; “3º lugar – Prêmio Roberto Pires”, no valor de R$ 6 mil; “Prêmio Vito Diniz”, no valor de R$ 3 mil, para o melhor vídeo de jovem realizador, escolhido dentre os participantes que tenham no máximo 21 anos de idade; e “Prêmio Luiz Orlando”, também no valor de R$ 3 mil, para o vídeo mais votado pelo Júri Popular. As premiações somam, portanto, um valor total de R$ 30 mil. Os vídeos classificados e não selecionados para a Mostra Competitiva poderão integrar o Panorama Nacional, uma mostra não-competitiva a ser também exibida no Festival. A Comissão de Premiação pode, ainda, conceder menções honrosas às obras que julgar merecedoras.

Estão habilitados à inscrição pessoas físicas, brasileiros natos ou naturalizados, além de estrangeiros com situação de permanência legalizada, de qualquer estado do país, que sejam diretores da(s) obra(s) a ser(em) apresentada(s). Cada proponente pode submeter até três vídeos, que devem estar em formato DVCAM, MiniDV, DVD ou até mesmo em pendrive. As inscrições são efetivadas tanto presencialmente, na sede da DIMAS, em Salvador/BA, de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, quanto por via postal, através do serviço Sedex com Aviso de Recebimento.

O 5 Minutos é o segundo festival audiovisual mais antigo do estado, atrás apenas da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, que tem 38 edições. Trata-se do único evento de difusão audiovisual realizado e produzido pelo Governo do Estado. Desde 1994, em treze edições realizadas, construiu uma história que vai além das centenas de vídeos exibidos: jogos eletrônicos, internet, mídias móveis, projeções e videoarte, vertentes e inovações do universo audiovisual marcam presença no evento que tem construído, a cada edição, um mosaico composto por recortes da mais recente produção audiovisual do Brasil e do mundo. Além disso, o Festival promove atividades paralelas, que buscam investir na formação e aperfeiçoamento dos profissionais, discutir pautas de interesse da classe e dar visibilidade às suas ações.

Memória em 5 Minutos

Em 2010, o 5 Minutos celebrou a própria história, voltando o olhar à trajetória construída e apresentando, naquele ano em que se comemorou o centenário do cinema baiano, o projeto Memória em 5 Minutos, com o lançamento de uma coletânea de 84 vídeos premiados nas 13 edições do Festival, realizadas dentre 1994 a 2009, além de mostras em Salvador, nos centros de cultura da FUNCEB no interior do estado e na TV Educativa da Bahia (TVE-BA). A coletânea está compilada em caixa de quatro DVDs, disponível ao acesso do público. Com um total de cerca de 430 minutos de duração, reúne trabalhos independentes de cineastas, videomakers e artistas em geral, de variadas temáticas e formatos.

Entre eles, estão obras de realizadores que hoje têm reconhecimento nacional e até internacional, como Ayrson Heráclito (codiretor de Oeste, premiado em 1994), Wagner Moura (que atua em Borboletas, um dos seus primeiros vídeos, dirigido por Eduardo Lino e premiado em 1995), Marcondes Dourado (diretor de Seiscentos e Sessenta e Seis, também premiado em 1995, e de Como uma Onda, “Melhor Vídeo Baiano” em 1999), além de Pola Ribeiro (diretor de Mera Abulia, ou Vontade em Excesso?, premiado em 1997), Roberto Berliner (diretor de A Pessoa É para o que Nasce, premiado em 1999) e Elísio Lopes Jr. (diretor de Adela, que lhe rendeu “Menção Honrosa – Jovem Realizador”, também em 1999). Integram também o box vídeos premiados de Camilo Cavalcante (diretor de Ave Maria ou Mãe dos Oprimidos, “Menção Especial” em 2003), Daniel Lisboa (diretor de O Fim do Homem Cordial, premiado em 2004) e Alê Abreu (diretor de Pássaro, “Menção Honrosa” em 2007).

SERVIÇO

Inscrições para o XIV Festival Nacional 5 Minutos Até 12 de agosto de 2011

Inscrições presenciais: Na DIMAS (Rua General Labatut, nº 27, subsolo, Barris, Salvador/BA. CEP 40.070-100) De segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas

Inscrições via postal: Unicamente através do serviço Sedex com Aviso de Recebimento/AR, encaminhadas para o mesmo endereço.

Realização: DIMAS/ FUNCEB/ SecultBA
Co- Realização: Cipó Comunicação Interativa
Promoção: TVE/Rádio Educadora/ ABEPEC/ARPUB

Uma linda cena

 

Segundo soube, o  filme Amargo Pesadelo (Delivrance – 1972) estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina, onde aconteceria uma cena entre vários atores, que  contracenariam com o proprietário do posto, morador do local juunto à mulher  e o  filho.

Este último (o menino), autista, nunca saía do terreno da casa. A equipe parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme. Num dos cortes para refazer a cena  do abastecimento, um dos atores, que era músico e sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas, aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa, aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.

Como houve uma “resposta musical” por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.

Atentem para alguns detalhes: O garoto é verdadeiramente um autista; – ele não estava nos planos do filme; – A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos… dançando.  A felicidade da mãe captada numa janela da casa; a reação autêntica de um autista quando o ator músico quer cumprimentá-lo.

Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto. No parece indiferente, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante,  que transmite a todos a sua alegria.

A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.  Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada “por acaso” no filme “Amargo Pesadelo”

 

Colaboração enviada pelo meu primo-amigo, Antônio Isaias. Muito obrigada, Tonho, gostei muito!

 

Filmes inaugurais da Nouvelle Vague francesa no Teatro do CUCA

24/08 – 19h – Acossado  (À Bout de Souffle) 1959. França. 90 min.

Direção: Jean-Luc Godard.

 

A Nouvelle Vague francesa foi inaugurada com com “Acossado” (À Bout de Souffle), de Jean-Luc Godard (França, 1959), em exibição hoje, no Teatro do CUCA. O objetivo de Godart era quebrar regras e chamar a atenção da juventude inquieta e politizada do final dos anos 50. A realização foi um divisor de águas na história do cinema. De forma inovadora o filme narra a fuga de um ladrão parisiense, representado por Jean-Paul Belmondo.

 (Não recomendado para menores de 12 anos).

 

Na semana que vem, dia 31 de agosto, o filme que será apresentado é de Truffaut; veja a ficha:

 31/08  Os Incompreendidos  (Les Quatre Cents Coups)1959. França. 99 min.

Direção François Truffaut.

O filme é quase um documentário autobiográfico, com várias ações retiradas da própria vida do diretor. A narrativa enfoca um dos temas mais caros à Nouvelle Vague, técnica e liberdade.

(Não recomendado para menores de 14 anos).

A iniciativa é do SESC – BA, com o apoio do CUCA