Poema da tarde

 

RESPOSTA

Roberval Pereyr

 

Plantaste em mim estes sonhos

que a praga roeu.

Teu dedo magro resiste

e aponta a estrela triste

abaixo do Eu.

A tua safra perdida

gera em ti uma dívida

que me cobras, a gritos.

Mas nada te devo, eu sei.

Pois meu negócio é mesmo o infinito.

In: PEREYR, Roberval. Acordes. Ed. Tulle, Feira de Santana, 2009, p. 18.

 

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