O que leva um artista a produzir uma obra de arte e vê-la se desfazer com o tempo, muitas vezes se esvaindo em algumas horas, ou mesmo só existindo no momento de sua realização? Esta é a ideia da arte efêmera, manifestação artística contemporânea que preza pelo transitório, o temporário, com total desapego da permanência e da durabilidade, proposta que está sendo trazida para Feira de Santana pelo Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), órgão ligado à Universidade Estadual de Feira de Santana, evento a ser realizado no dia 10 de dezembro de 2011, das 08 às 17h no Espaço de Cultura, Arte e Lazer Marcus Moraes, localizado na Avenida Getúlio Vargas
(antigo ponto de ônibus central da cidade).
Procurando transpor as paredes do Museu Regional de Arte e da Galeria de Arte Carlo Barbosa, espaços em que realiza suas exposições e partindo para um espaço público a céu aberto, O CUCA promove a Intervenção Urbana: arte efêmera, com o intuito de fomentar uma integração do público com a arte, numa interação em que o mesmo pode chegar a fazer parte da própria obra de arte exposta ou mesmo intervir nela.
Com curadoria do artista baiano Leonel Mattos e de Celismara Gomes, diretora do CUCA, a exposição coletiva contará com 40 artistas de Feira de Santana e Salvador, entre eles Juraci Dórea, Maristela Ribeiro, Antonio Brasileiro, Almandrade, Nanja, Cesar Romero, Bel Borba, Guache Marques, George Lima, Celso Cunha, Ed Ribeiro, Graça Ramos os quais buscarão sensibilizar o público com suas diversas possibilidades nas artes visuais através dessa manifestação que nasceu com a proposição de colocar em discussão o próprio conceito de arte. O que podemos esperar dessa efeméride? Só conferindo.
Jailton S. do Nascimento