Leni David
Fiquei sem sono e decidi ligar o computador. Lembrei de uma historinha que meu avô contava – quando eu era criança – e resolvi escrevê-la. Era mais ou menos assim:
“Em uma rua qualquer de uma cidadezinha sem importância, morava um marceneiro. Ele cuidava bem das suas ferramentas e não gostava de emprestá-las. Ele as amolava, polia, desempenava, lubrificava e as guardava num painel que ficava pendurado à parede. Gostava tanto das suas ferramentas que até lhes dava nomes. O martelo era chamado de toc-toc, o alicate, de puxa-puxa, o serrote de vai-vem, e assim sucessivamente.
Na mesma rua morava um homem que gostava de pedir emprestado as ferramentas do marceneiro e este, mesmo a contragosto as emprestava. Certa vez ele emprestou o toc-toc e este não voltou. Desaparecera…
Algum tempo depois, o filho do homem que gostava de emprestar ferramentas entrou na marcenaria e anunciou:
– Seu Fulano, meu pai mandou pedir o seu vai-vem emprestado.
Ainda ressabiado com o desaparecimento do martelo, o marceneiro respondeu:
– Menino, vai e diz ao teu pai, que se vai-vem fosse e viesse, vai-vem iria. Mas como vai-vem vai e não vem, vai-vem não vai.”
Se o menino soube dar o recado ao pai, eu não sei e o meu avô não comentou. Lembro eu que sorria muito e que tentava repetir a frase do marceneiro, sem errar. Deu certo, pois hoje fui capaz de escrever a historinha sem nenhuma dificuldade.
– Se eu a acho engraçada?
– Sei lá! Sei apenas que gostava de ouvi-la e que fui capaz de reproduzi-la. E como fazem os internautas: rsrsrsrs… só isso.
isso passou tb num desenho animado……..muito bom né? falo isso facilmente….engraçado né?
tchau
Adorei a historinha e vou utilizá-la na escola. Parabéns!
Gostei da historinha, valeu memorizar para contar agora!
lindo o novo blog. Bjim.