POÇO
Perder-se.
Ai, perder-se – sim
no próprio mistério do trajeto
das sacudidelas
agônicas.
SEGREDOS
Tudo guardado
no cofre das reminiscências:
oblíquas pontes
flores no cio
latitudes calosas.
Tudo o que já não é o mesmo
e visto pela fresta
da noturna alma.
POEMETOS
VI
P/ Elieser César
Em cada alma
desliza
Indomável barco.
A corda
não amarra
o sussurro das âncoras.
VIII
Os panos das velas
(anônimos veleiros)
seguem no regaço
das cantigas dos ventos.
HAICAIS
9
Oiro parido.
Dez mil nuvens de viés.
Sol no poente.
12
Lagarta na folha
Colorida transmutação
efêmeras asas
13
Na noite espessa
vagalumes encandeiam
As veias da floresta
Valeu! Muito obrigado!
Muito obrigado!
Gostei muito dos versos do poeta!
Obrigado, companheiro!
Muito bonito, Leni. Parabéns pelas escolhas.
Valeu!