Do Clube de Fotografia Gerson Bullos para conhecimento de toda a sociedade brasileira
Com tantos problemas a serem resolvidos no Brasil, o governo federal cogita proibir fotografias em Parques e Unidades de Conservação Ambiental
O Digiforum recebeu solicitação do fotógrafo Luis Claudio Marigo, no sentido de divulgar amplamente ato em que o ICMBio, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, propõe estabelecer uma instrução normativa que vai restringir drasticamente a possibilidade de se fotografar em Parques e Unidades de Conservação Ambiental da União.
O artigo que ameaça a atividade dos fotógrafos e até a liberdade de imprensa é o seguinte:
“Art. 4º – A atividade de captação de imagens associada a matérias jornalísticas sobre ocorrências ou fatos eventuais na região da Unidade de Conservação deverá ser objeto de autorização direta pela chefia da Unidade de Conservação.”
Ou seja, quando estivermos em um Parque Nacional, numa Unidade de Conservação, não poderemos simplesmente sacar nossas câmaras e fotografar. Se virmos um belo pássaro, uma bela paisagem, um desmatamento ou uma queimada, teremos de nos submeter a um procedimento burocrático para acionarmos o obturador e sabe-se lá quando isso será desembaraçado.
Se não nos mobilizarmos e essa instrução normativa for aprovada, dificilmente teremos a satisfação de apreciarmos ou fazermos fotos como essa acima que o fotógrafo Marigo fez no Parque Nacional do Itatiaia – Agulhas Negras.
Abaixo transcrição do e-mail encaminhado pelo Luis Claudio Marigo ao Digiforum:
“Prezados colegas fotógrafos,
Estamos num momento importantíssimo para resolver o impasse que o ICMBio provocou com a exigência de autorização para fotografar nas unidades de conservação federais e sua tentativa de controlar nossas fotografias. Por favor, leiam essa mensagem com atenção, respondam à consulta pública que o ICMBio está fazendo através de seu site institucional.
Participem!
Divulguem através de suas redes sociais, através de foto-clubes, através do WIKIAVES, através de qualquer meio. Quanto mais fotógrafos participarem e responderem à consulta pública, maiores serão nossas chances de o ICMBio refazer favoravelmente essa instrução normativa.
Escrevi um documento sobre essa questão e a AFNatura Associação de Fotógrafos de Natureza publicou-o em seu website .
Por favor, leiam-no. Ele contém reflexões importantes para se pensar sobre essa questão e responder à consulta pública.
No dia 1º deste mês, o ICMBio Instituto Chico Mendes para a conservação da Biodiversidade, colocou sua minuta da instrução normativa para regulamentar o “uso de imagens de unidades de conservação federais” em consulta pública e essa instrução normativa é uma loucura. Atenta até contra a liberdade de imprensa, o direito autoral, e sei lá mais o que!
Vejam o artigo que ameaça a liberdade de imprensa:
“Art. 4š A atividade de captação de imagens associada a matérias jornalísticas sobre ocorrências ou fatos eventuais na região da Unidade de Conservação deverá ser objeto de autorização direta pela chefia da Unidade de Conservação.”
Já pensaram? Um fotógrafo ter que pedir autorização para fotografar, durante uma matéria? E se o gestor não der a autorização, ou demorar para dá-la?
Um abraço,
LC Marigo”
Parecem regras da China de Mao. Enquanto isto, “nossos” Ministros…
Quantas saudades, Silvério! Você anda sumido!!!
Muito obrigada pela visita!
Coisa de burocrata burro! Fala para os EUA e a Comunidade Européia que eles não podem mais fotografar estas áreas com seus satélites. Combater a bio-pirataria que é bom, nada ! Picaretas estrangeiros já patentearam até mesmo o nome “açaí” e o processo tradicional de fazer um produto dele semelhante ao chocolate, chamado de “cupulate”. Sabe porque isto ocorre? Porque o Brasil não toma conta de suas fronteira e permite que “religiosos” e “cientistas” de araque, venham aqui, sem qualquer dificuldade fazer “caridade” e “pesquisas”. Acho que eles tê feito bem mais que fotografar, e não têm sido incomodados já por um largo tempo!
Pois é! Há inúmeros problemas para serem discutidos e o governo federal propõe uma forma prática e sucinta de diminuir possíveis denuncias.
Ps.: Fiquei imaginando quem vai ficar de guarda atrás de cada pessoa e quanto estaria envolvido nisso.