Livros pra inguinorantes
Carlos Eduardo Novaes
Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!
A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.
A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei – como se diz? – magna.
Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.
Fonte : Jornal do Brasil – Blog do Novaes
olha eu me matei para aprender a escrever e falar correto seguindo as normas gramaticas,concordo que tudo se transforma menos a maneira de escrever,haja vista que alguém ler esses livros o destino será escrever errado.
Creio que já ficou bem claro, através dos discursos de vários mestres e doutores em Linguística, que a intenção da autora não foi ensinar “errado”. Além disso, realmente quem faz a avaliação dos livros didáticos não é e nunca foi o ministro da educação. Quem avalia os livros são professores doutores das mais diversas universidades do país, reunidos numa comissão proposta pelo MEC. Sempre foi assim. E os professores não são indicados por este ou por aquele partido político. Dessa forma, não vejo motivo para referir-se a Lula, como fez o Novaes. Penso que existem muitas pessoas discutindo questões sobre as quais não possuem um conhecimento científico, muitas nem ao menos leram o livro. Essas pessoas precisam estudar um pouco sobre a variação linguística, ler o livro “Por uma vida melhor, para depois tecer algum comentário.
Eu não estou muito por dentro dessa confusão. Mas vi uma página do livro numa reportagem e a autora explica a forma culta e popular, até aí achei tudo bem.
Nossa língua é realmente muito complexa. Defendo e faço questão de preservar o jeito “raiz” de falar, mas na escrita não dá pra ser assim, precisamos seguir um padrão para conseguir o entendimento da maioria. E, por isso, a norma culta deve sim ser prioridade nas escolas, um exemplo dessa necessidade é quando chegamos na universidade. Se a norma culta não fosse seguida, não seria possível (ou seria bem mais complicado) construir e distribuir o conhecimento.
Óia; açino imbacho diço. Prutuguês tem qi sê bem dizido. Aqueli livru é um absurdu e nigém acorreje! Pur iço que eçe paiz num evoloi!