O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de “barriga cheia’.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um ‘Caxias’.
Precisa faltar, é um ‘turista’.
Conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu ‘mole’.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui:
Agradeça a ele!
(Atribuida a Jô Soares)
Esta crônica, é um retrato da educação, mas também da mediocridade do mundo hoje, quando abraçou a hipocrisia, a mentira, a perversão de valores com o pomposo nome de “politicamente correto”.
Recebi esta semana um e-mail que contava uma estorinha fictícia, mas bastante plausível, situando-a em 1959 e 2011, eis a situação: Um garoto de seis anos correndo, brincando na escola, cai e rala o joelho. A professora o consola, lhe diz algumas palavras e o beija no rosto. Em 1959, isto não teria qualquer consequência, tudo pararia por aí mesmo. Em 2011, os pais iriam à delegacia de proteção ao menor registrar B.O.; processariam a escola por danos morais e negligência. A professora seria processada por assédio sexual, entraria em depressão e suicidaria. O garoto passará o resto da vida em psicólogos, será um desajustado e drogado no futuro.
É triste admitir,exageros da parábola à parte, mas estamos neste cenário há algum tempo, que vez ou outra escabrosamente transborda nos telejornais. Não há respeito pela escola, nem pelo professor.