Dorival Caymmi, nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, completaria hoje, dia 30 de abril, 97 anos de idade. Sua morte aconteceu em 16-08-2008.Caymmi que embarcou para o Rio de Janeiro nos anos 30, onde deveria trabalhar como jornalista e ilustrador, pegou um « Ita » (o navio Itapé) chegando à então capital do Brasil em 1938. Nessa época publicou alguns desenhos na revista « O Cruzeiro » e apresentou-se na Rádio Transmissora. Seus primeiros sucessos, ao lado de Carmem Miranda, foram as canções A Preta do Acarajé e O Que é que a Baiana Tem…
Mas Caymmi consagrou-se no cenário musical nacional cantando canções sobre a Bahia, seus bairros, a vida simples do povo, principalmente dos pescadores. Sua obra está impregnada de temas populares, ainda vivos na memória do povo. O certo é que apesar de vários dos seus sucessos musicais terem sido lançados numa fase ufanista da música brtasileira, Caymmi continuou compondo e cantando canções com temas baianos que têm, inclusive, um valor documental, o que consolida a sua reputação como o mais importante compositor e cantor baiano no período e criador de um estilo singular.
Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com a inigualável qualidade de algumas obras-primas. Entre as canções de grande sucesso pode-se citar: A preta do acarajé, O que é que a baiana tem, A Lenda do Abaeté, Promessa de Pescador, É Doce Morrer no Mar, Marina, Não Tem Solução, João Valentão, Maracangalha, Saudade de Itapoã, Doralice, Samba da Minha Terra, Lá Vem a Baiana, Sábado em Copacabana, Nem Eu, Nunca Mais, Saudades da Bahia, Oração pra Mãe Menininha, “Rosa Morena”, “Eu Não Tenho Onde Morar”, “Promessa de Pescador”, “Das Rosas, Saudades da Bahia, Cantiga pra Gabriela,Vou ver Juliana, etc. Em 1994, a Editora Lumiar lançou o songbook com suas obras, acompanhado por três CDs.
Aqui fica a minha homenagem ao inesquecível cantor da Bahia.
Caymmi, simplesmente, tout simplement caymmi. Génial….. Lu
Há duas composições de Caymmi que gosto muito, e que são muito emblemáticas. Uma delas é “Sábado em Copacabana”, em parceria com Carlos Guinle; acho que a única bossa nova dele, e muito melhor que “Copacabana” de João de Barro, porque trata de uma narrativa plausível, possível a qualquer um e bem contextualizada com a vida boêmia daquele bairro e daquela cidade (Rio); diferente da outra canção que, a despeito de ser uma bossa nova, ainda tinha fortes raízes dos sambas -exaltação dos anos 40, numa narrativa totalmente subjetiva. A outra é “Alegre Menina” em parceria com Jorge Amado, eternizada na interpretação inimitável de Djavan em 1974. Uma pérola da MPB.
Merecida homenagem a esse grande bahiano!!!
Parabéns pela postagem, Leni. Você é uma grande divulgadora da nossa cultura!
Beijos…